
Da natureza da lógica
Um pequeno ensaio…
por Vitor Anselmo
I — Introdução
“Segundo diz o filósofo no livro X da Ética, a felicidade humana última consiste na melhor operação humana, aquela da potência suprema, ou seja, o intelecto a respeito da realidade mais nobremente inteligível. […] necessário é, portanto, que a felicidade última nesta vida consista na consideração das primeiras causas, pois o pouco que se pode conhecer delas é mais amável e nobre do que tudo que se possa conhecer das coisas inferiores”. Começa assim Santo Tomás no proêmio do comentário ao “Liber de Causis” que é um livro de Proclo, onde o assunto tratado é a Metafísica. Entretanto, explica o mesmo aquinate que a vida do filósofo não começa na consideração das primeiras causas, mas sim que o indivíduo vai subindo uma escada de disciplinas até alcançar o cume da Sabedoria: “E, portanto, a intenção principal dos filósofos era esta: que por todas as considerações que eles faziam nas coisas, eles chegassem ao conhecimento das primeiras causas. Então eles ordenavam a ciência das primeiras causas por último, reservando isto para o último tempo de suas vidas. Primeiramente de fato eles começavam pela Lógica, que trata do modo das ciências. […] por último eles voltavam-se à Ciência Divina [Metafísica] que considera as primeiras causas dos entes”.
Como se pode observar pelo dito acima a disciplina da Lógica desempenha um papel fundamental na vida de um filósofo (pode dizer-se também do homem de ciência em geral), sendo como um fundamento sob o qual o edifício da verdade se erige. Desse modo cabe a todos aqueles que se dedicam à contemplação das realidades superiores, o empenho de se tornarem bons lógicos antes de qualquer outra coisa. Mas ao adentrarmos uma disciplina precisamos saber o que ela é, do mesmo modo que o jóquei deve conhecer o cavalo antes de montá-lo. Deste modo o presente artigo serve àquelas pessoas que tendo o desejo e aptidão para começar a sua jornada cientifica, mas ficando advertido que o conteúdo deste ensaio é uma mera paráfrase do “Umbrais da Filosofia” do Pe. Álvaro Calderón, na parte “Introdução à Lógica”. Nos atemos tanto ao espírito e quanto a letra (que cremos ser os mesmos de Santo Tomás), apenas refazendo as explicações ao nosso modo. Assim, tendo estabelecido a importância do sujeito de nosso pequeno escrito, nossas intenções e nossos métodos partamos agora para nosso intento.
II — Origem e função das artes liberais
Hádois modos distintos de viver do ser humano segundo Santo Tomás¹. Esta divisão se dá por aquilo que os homens priorizam, a saber, a pura contemplação da verdade ou ações na vida exterior. Esta diferenciação acontece em vista de dois modos do intelecto de operar: o especulativo e o prático. Ambos se diferenciam segundo o fim², pois enquanto o primeiro lida com aquilo que há de universal e necessário, o segundo lida com o particular e contingente. Desse fator mais uma distinção se faz presente, que são as ações exteriores pelo qual o intelecto prático se dedica. São elas o “facere”, onde se encaixam a produção de algum objeto, e o “agere” que são as ações morais do ente humano. Na produção das coisas, quando a razão se empenha de maneira especificamente ordenada no alcance de um produto final, dizemos que ali há uma arte, pois “a arte não é outra coisa que a reta razão de algumas obras que se tem de fazer” ³. As artes que servem o corpo a chamamos servis, e esta mesma classificação é a mais própria do gênero artístico. Entretanto é possível considerar este conceito de maneira mais ampla, considerando-o apenas como qualquer reta razão⁴ como parece defender Santo Agostinho ⁵, desse modo seria possível incluir aquelas coisas que fogem da ordem do facere. Daí que “os escolásticos denominaram ‘artes liberais’ a aquelas artes que dirigem os atos da razão. Em primeiro lugar, a Lógica, que ordena as operações mesmas do intelecto, mas também chamarão assim a todas as artes que ordenam tudo o que tem relação imediata aos atos da razão, como a gramática, a retórica, o cálculo matemático, a música, a dança etc.” ⁶. Assim que as artes liberais servem imediatamente o hábito da ciência, ou melhor ainda, podem ser consideradas elas mesmas ciências como diz o próprio aquinate ⁷, entretanto eles se distinguem porque elas necessitam de certas obras interiores aos que se podem dizer arte. Fica assim mostrado que a origem das artes liberais ocorre pela própria natureza humana e as operações do intelecto, gerando assim ciências que ao mesmo tempo são certas artes especulativas.
III — Definição e sujeito da Lógica
A — Do Sujeito
Osujeito é aquilo pelo qual dizemos do que algo trata simplesmente e propriamente, sendo que “o sujeito especifica a ciência assim como forma determina a matéria (pois o intelecto é como uma matéria mole que pode receber a formas inteligíveis das coisas naturais), enquanto o sujeito especifica a arte como o fim determina o agente” ⁸. Para descobrir qual é o da Lógica, primeiro temos que nos atentar que a disciplina em questão é uma arte (como definido no capítulo acima), entretanto sua semelhança não é com a edificação, por exemplo, mas com a medicina. Pois a medicina tem como sujeito a recuperação da saúde através dos artifícios médicos que melhoram o desempenho natural da saúde humana. Assim, enquanto o médico se utiliza de cirurgias, remédios e tratamentos, a Lógica maneja predicáveis, divisões, silogismos etc. Entretanto, tais elementos são, como diz Santo Tomás, “entes de razão, pois não se encontram nas coisas reais, se não que se seguem da consideração da razão” ⁹, pois não pertence a “vaca” ser “gênero” na realidade, mas apenas considerada enquanto uma propriedade lógica que é extraída de um conceito. Por esse motivo o aquinate nos explica que há dois modos de um conceito pertencer em nosso intelecto ¹⁰: primeiramente, ao modo de semelhança com a coisa real, tendo seu fundamento imediato nela; segundamente, como ao modo de uma intenção lógica que nós formamos a partir do entendimento de uma noção com fundamento imediato, como no já referido exemplo da “vaca” e do “gênero”. Ambas as noções são conforme a realidade, pois possuem seu fundamento nas coisas, em contraste com a formulação de uma “quimera”, que não tem fundo na realidade. Por isso o primeiro modo é considerado um ente de razão de primeira intenção e o segundo de segunda intenção e estes últimos são o sujeito da lógica como afirma Tomás de Aquino ¹¹.
B — Das Relações
Com isso se poderia pensar que está por terminada nossa discussão, mas ainda cabe discorrer sobre dois pontos: que a lógica lida com relações de razão e que essas relações são de universalidade. Sobre o primeiro ponto, diz o Doutor Angélico que os entes de razão são relações ou negações¹². Como é possível observar, o que a Lógica lida (gênero, espécie, silogismo e etc) não são negações, portanto são relações.
Com entes de razão de primeira intenção, já que toda relação se constitui de sujeito → fundamento → termo, tais relações são reais na medida em que estas partes da relação são reais. Onde o sujeito seria um ente de razão (fruto da abstração), a divisão essencial e outro ente de razão. Exemplificando: quando observamos a realidade e nos deparamos com uma vaca, nos abstraímos a sua quididade e notamos que também incluí o conceito de “substância” em um processo de divisão essencial (que imprime outras quididades num intelecto a partir de outra). Assim temos novamente o esquema: vaca→ divisão essencial → substância.
Nos entes de razão de segunda intenção as relações são fundadas não nas coisas, mas em conceitos que a razão que inventa a partir da reflexão de certas qualidades presentes nos entes de razão de primeira intenção. Assim, dizemos que “animal” se relaciona com “substância” como uma espécie e a humano como gênero. Portanto, como nenhum desses conceitos nem seu fundamento são reais, mas fruto da invenção da razão, a relação também não é real, mas de razão.
C — Da Universalidade
Sobre o segundo ponto temos de dizer que tudo que a Lógica trata está sob o julgo da universalidade. Isso não difícil de provar tendo em visto que os artifícios lógicos são conceitos universais. Tanto na primeira operação do intelecto (como os predicáveis que são conceitos universais reflexos, nas categorias que são os gêneros supremos in re natura e em outros recursos como a analogia) ¹³, quanto nas outras operações (no juízo, na composição de afirmações universais e no raciocínio quando elabora uma demonstração). Assim, com tudo o que foi dito, se quisermos ser precisos quanto ao que a Lógica trata, devemos dizer que: trata das relações de universalidade dos entes de razão de segunda intenção.

Ilsutração feita pelo Pe. Calderón que representa o dito acima.
D — Objeção
Poderia objetar-se que o proposto por nós é errôneo já que diversos autores, inclusive de alto escalão¹⁴, dizem que o sujeito ou objeto formal da Lógica seria em realidade os atos da razão. Contudo isto seria um erro na medida em que geraria problemas na concepção da disciplina em questão, como arte e ciência. Pois:1) se assim o fosse a lógica não teria nada de produtiva, já que ela não teria nada de distinto das operações da razão; 2) com isso se perderia também sua razão de arte, já que a produção é o caracteriza esse aspecto, o que não é coerente com o que percebemos da disciplina; 3) por fim, se a Lógica for reduzida apenas a uma ciência, ela não teria lugar próprio enquanto disciplina. Pertenceria a Psicologia, se observássemos apenas os atos de intelecto enquanto tais. Se observada do ângulo enquanto sua relação com a realidade, pertenceria à Gnosiologia, que é um capítulo da Metafísica. Ou então, seria reduzida a princípios metodológicos de cada ciência, que apenas por conveniência são dados juntos. Com isso, podemos concluir que considerar os atos do intelecto como o sujeito da Lógica, seria o mesmo que ignorar seu funcionamento e fadar a mesma a desaparecimento ou diluição.
F — Da Definição
A definição mais clássica do objeto em questão se encontra no “Comentário aos Analíticos Posteriores de Aristóteles” feito por Santo Tomás de Aquino, que seria “a arte diretiva dos atos mesmos da razão, para que o homem proceda de modo fácil, ordenado e sem erro neste mesmo ato”. Esta definição se dá como diz o Pe. Calderón “pela matéria e o fim” ¹⁵, já que considerando a lógica como arte, essas são as notas mais fáceis de identificar. Um pouco antes o comentador nos explicita como essa definição se encaixa na realidade dizendo que “a razão não só pode dirigir os atos das partes inferiores senão que também dirige seu próprio ato. Isto é próprio da parte intelectiva que reflete sobre si mesma, pois o intelecto se faz inteligível a si mesmo, e de maneira similar pode raciocinar sobre seu próprio ato”. Essa afirmação mostra a visão intelectualista do autor que é por sua vez influenciada por Aristóteles e nos aclara que a capacidade diretiva do intelecto é percebida no modo como essa potência capta e dirige os outros atos humanos, ou seja, conhecendo e impondo as formas conhecidas nas coisas inferiores do organismo anímico. A distinção se daria no fato de que a ordenação não se daria em uma potência inferior da alma, senão que em sua parte principal, a saber: o intelecto. Mas para uma definição mais precisa, falta-nos dizer qual é o sujeito da Lógica, pois uma definição não é outra coisa senão uma enunciação explicativa do que algo é. Mas definimos as coisas de maneira distinta. Nas artes pomos qual é sua matéria e sua finalidade, onde se encontra a definição de São Tomás. Mas depois de certa consideração, podemos incluir que seu sujeito, que é mais difícil de discernir, pois é por nós criado. Assim seguindo o esquema da definição de Tomás, mas adicionando seu sujeito a definição que dá o Pe. Calderón é: “Arte diretiva dos atos mesmos, segundo as regras de universalidade, para que o indivíduo alcance a ciência de modo fácil, ordenado e sem erro” ¹⁶. Mas se a disciplina em questão for considerada enquanto ciência, que apenas refletem sobre as coisas e delas partem para suas investigações a definição seria “a ciência dos entes de razão”.
IV — A Divisão da Lógica
A-Divisão da Lógica segundo a letra de Santo Tomás
Mas se a lógica é definida como arte diretiva dos atos da razão, quais exatamente seriam esses atos e como eles dividem os capítulos da Lógica? No proêmio ao “Comentário ao Segundo Analíticos de Aristóteles”, Santo Tomás nos dá um guia insuperável de como olhar para esta questão. Diz ele “uma ação do intelecto é a inteligência dos indivisíveis ou incomplexos, segundo o qual uma coisa é. […] E a ela se ordena a doutrina que ensina Aristóteles em As Categorias”, “a segunda operação do intelecto é a composição ou divisão pelo intelecto, o qual se dá se dá o verdadeiro ou falso. A este ato da razão se ocupa a doutrina que ensina Aristóteles em sua obra Da Interpretação” e chega na terceira operação dizendo “o terceiro ato da razão se dá segundo aquilo que é próprio da razão, ou seja, discorrer de um ao outro, para aquilo que é conhecido se chegue ao desconhecido. E desse ato da razão se ocupam os outros livros da lógica”. Esta divisão proposta por Santo Tomás, segue primeiramente os atos do intelecto e determina onde esses atos são aperfeiçoados no corpus aristotélico.
Outra ideia que era presente no Discípulo de Platão era que a arte imita a natureza¹⁷ coisa que também é comentada por Santo Tomás. Esse fator é tão profundo que ele enxerga que gera na arte lógica uma divisão importante para o nosso estudo “nos atos da natureza encontramos uma tripla diversidade. Em alguns atos a natureza obra por necessidade, de maneira que não pode falhar. Em outros a natureza obra frequentemente, ainda que as vezes ela poderia falhar em seu próprio ato”. Para exemplificar o que diz sobre os dois últimos atos, o Angélico faz referência a geração, que por vezes falha e gera um ser deficiente, ainda que na maioria das vezes tudo ocorra conforme o esperado nesse ato. A lógica quando alcança raciocínios com grau de certeza, se chama Analítica ou Judicativa, ao qual se ordenam os livros Primeiros Analíticos (enquanto forma do silogismo) e Segundos Analíticos (enquanto se leva em conta a verdade das afirmações em um silogismo demonstrativo.). Na parte em que a certezas das afirmações feitas são menores, chamamos inventiva e nela há uma certa gradação onde afirmações contraditórias ameaçam mais ou menos a proposição que se pretende defender. Onde o sujeito é capaz de encontrar uma crença onde sua alma repouse mais tranquilamente sem tanto temor a contradição, chamamos Dialética, a arte diretiva dos atos mesmos da razão para alcançar a opinião. A Retórica se destina a inclinar o indivíduo a uma certa opinião ou crença, por isso é também chamada de “Arte da Persuasão”, ainda que neste nível de discurso a razão não pode ainda decidir sobre as contradições que se apresentam sobre as declarações. Por fim no nível mais baixo está a poética, onde se induz (aqui em um nível mais sentimental) à verdade por meio de uma bela representação e se afasta do mal por uma representação horrenda. Aqui o princípio da imitação da natureza se faz presente de maneira expressiva como bem diz Horácio “A natureza, de fato, nos forma primeiro interiormente, para qualquer situação da fortuna: nos agrada ou nos impele à ira, ou nos joga por terra em profunda tristeza e nos angustia; depois, exalta paixões por sua intérprete, a língua”. ¹⁸ Indo também aonde a a razão falha assim como a natureza, se encontra a sofística, que justamente se trata de discursos que levam o receptor da mensagem ao erro pela constituição desse tipo de argumento (o sofístico). O verdadeiro intelectual nunca usará dessa “arte” senão que irá ter conhecimento dela para evitar incorrer nela em seu próprio discurso e para identificá-la no discurso do outro.

Quadro esquemático da divisão da Lógica pelo Pe. Álvaro Calderón.
B-Divisão segundo os modos de todo e partes
Se quisermos distinguir ainda mais como se a divisão interna da ciência racional, podemos adicionar que:
No que tange as partes integrais, ou seja, aquelas que constituem o todo de tal maneira que separadas dele não tem razão de ser (como teto sem o resto da casa) ela se divide nos tratados das três operações (abordados no Organon como Categorias, Da Enunciação e os Analíticos), pois é na análise dessas operações é que se afia o intelecto para a aquisição e produção de ciência.
Nas partes potenciais, ou seja, naquelas em que podemos dizer apenas analogamente que partes pertencem ao todo, apenas abarcando certa potência desse todo, divide-se a “arte das artes” naquelas outras que visam a aquisição de verdade não cientifica¹⁹. A isso, destinam-se: a Poética, Retórica, Dialética e Sofistica (que entra como modo de análise do erro).
Poderia dividir-se a Lógica em partes subjetivas, onde as partes são ditas univocamente do todo (exemplificando: vaca e homem, pertencem ao mesmo todo “animal”. Tanto um quanto o outro, se dizem igualmente animais, ainda que tenham diferenças entre ambos). Mas deve dizer-se que não, pois o método dado por esta arte, é universal para todas as ciências, e apesar de ser aplicada de maneira distinta em cada uma delas, ela não se divide. Neste caso, como se inicia uma investigação dos entes de primeira intenção e de não de segunda, ocorre que isto faz com que se saia do âmbito da disciplina lógica e adentre-se em cada ciência individualmente.
V — A bondade Lógica para as outras ciências.
Por fim, devemos assinalar a importância que a Lógica tem para as outras ciências. Devemos dizer que a Lógica sendo ela mesma uma ciência (ao menos, sob certo aspecto) ²⁰, se encontra num lugar importantíssimo, pois é introdutória e perfectiva as outras. Pois é a aplicação das regras lógicas que constituem o método geral de todas as ciências. Além do mais, é esta disciplina a responsável por fazer que as operações intelectuais tenham o seu melhor desempenho, pois o físico pode até ter certo pensamento aguçado, entretanto pode cair em falácias por não possuir um treinamento adequado para o hábito científico. Isso é ainda maior com a Metafísica, já que ambas tratam do ente universalmente, porém uma enquanto refletido no intelecto e outra enquanto in natura ²¹. Sendo assim, a importância dessa disciplina para o caminho do filósofo é certa, pois ela é como uma prévia e guia da sabedoria filosófica que é a Metafísica²².
Fica assim concluído nosso discurso sobre o tema. Apesar de humilde, esperamos que ele tenha feito alguma pequena luz no intelecto de quem o lê, e assim será se Deus o quiser.

Notas e Referências
1-Suma Theologiae II-II, q. 179, a. 1. Todas as citações diretas a obra de Santo Tomás foram verificadas e estão disponíveis no “Corpus Thomisticum”.
2-Summa Theologiae I, q. 79, a. 11 e De anima, l. III, c. 10, 433a14.
3-Summa Theologiae I-II, q. 58, a. 2 ad 1.
4-In I Post. Anal. lect. 1, n. 1.
5-Summa Theologiae I-II, q. 58, a. 2 ad 1.
6-Umbrais da Filosofia, pag. 126–127 ed. Castela e Editora São Pio X.
7-In Boet. De Trin. q.5, a.1, ad 3.
8- Umbrais da Filosofia, pag. 130 ed. Castela e Editora São Pio X.
9- In IV Metaph. lect. 4, n. 5.
10- In I Sent. dist. II, q. 1, a. 3.
11- In IV Metaph. lect. 4, n. 5.
12-De Ver. q. 21, a. 1.
13-O porquê de a ciência Lógica considerar conceitos reais (que são normalmente investigados pelos filósofos e não pelos lógicos) é explicado no “Tratado dos Predicamentos” do Pe. Calderón. Recomenda-se a leitura, ainda que o escrito nunca tenha sido oficialmente publicado. Mas resumidamente podemos dizer que é útil uma reflexão sobre os entes reais, ainda que nosso sujeito sejam ente de razão, para que o intelecto possa melhorar no alcance da ciência.
14-Como Francisco Suarez e Juan Sanguineti.
15-Umbrais da Filosofia, pag. 143 ed. Castela e Editora São Pio X.
16-Umbrais da Filosofia, pag. 144 ed. Castela e Editora São Pio X.
17- -Física, 194a21–22.
18-Ars Poetica, 108–111.
19-Para os antigos, em especial Aristóteles, a ciência era considerada toda doutrina que continha conhecimentos necessários sobre a realidade. Estas outras artes apenas possuem verdades no máximo prováveis.
20- É importante destacar que para Santo Tomás (Super De Trinitate, pars 3 q. 5 a. 1 ad 3) a Lógica e as ciências não pertencem ao ato especulativo de uma mesma maneira. Pois o conhecimento buscado por esta não é “propter se ipsas”, ou seja, por causa de si mesma, mas como certo instrumento das ciências. Por isso, é possível dizer que ela é a arte liberal por excelência, pois ela se encontra no perfeito entremeio de uma arte e uma ciência, encaixando-se com êxito no termo “arte especulativa”.
21-In VII Metaph. lect. 3, n. 1308.
22-Sendo esta, humilde serva da Sabedoria Sobrenatural, que supera qualquer esforço humano: a Teologia Sagrada.