Pode um sacerdote negar aos fiéis a possibilidade de receberem a Sagrada Comunhão na boca? O portal PCh24.pl pediu ao porta-voz da Conferência Episcopal Polaca que respondesse a essa pergunta.
Muitos leitores ansiosos dirigiram-se ao portal PCh24.pl afirmando que encontraram dificuldades em receber a Sagrada Comunhão na boca. Nalgumas paróquias do País, os sacerdotes pressionavam os fiéis, tentando forçar a Comunhão na mão e, às vezes, recusando-se directa e categoricamente a dar o corpo de Cristo na língua.
Para esclarecer esta controvérsia sem ambiguidades, o portal PCh24.pl entrou em contacto com o porta-voz da Conferência Episcopal Polaca, P. Paweł Rytel-Andrianik.
Recebemos uma resposta, segundo a qual a situação foi esclarecida pelas Instruções da Presidência da Conferência Episcopal da Polónia para os bispos sobre as celebrações litúrgicas durante a epidemia.
Lê-se na resposta:
«Recorda-se que todo o fiel tem sempre o direito de receber a Sagrada Comunhão na boca, a seu próprio critério (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Redemptionis Sacramentum, Sobre algumas coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia, 25 de Março de 2004, n. 92). Portanto, ninguém pode receber uma ordem para receber a Sagrada Comunhão na mão; tal só pode ser recomendado (de acordo com a disposição do Conselho Permanente da Conferência dos Bispos da Polónia de 12 de Março de 2020). É preciso organizar a distribuição da Sagrada Comunhão de modo a não violar a sensibilidade daqueles que têm dificuldade em receber a Sagrada Comunhão na mão. Se alguns dos fiéis recebem a Sagrada Comunhão na mão e outros na boca, é aconselhável que a ambos os grupos a Comunhão seja administrada por diferentes ministros ou que aqueles que recebem a Comunhão na boca a recebam depois dos que a recebem na mão. Os fiéis que recebem a Sagrada Comunhão na mão devem ser incentivados a desinfectar as mãos com antecedência, se possível».
Esta é a posição oficial da Conferência Episcopal Polaca, baseada no documento da Congregação do Vaticano para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
A situação é, portanto, inteiramente clara: o sacerdote não tem o direito de ordenar a recepção da Comunhão na mão e cada fiel, independentemente da situação epidemiológica, pode receber o Corpo de Cristo na boca.
Através de PCh24.pl